segunda-feira, 4 de junho de 2007

Instituições

TWA- Empresa de Trabalho Temporário

  • O que é o trabalho temporário?

Trabalho que se estabelece através de uma relação “triangular” ou “tripartida” em que a posição contratual da entidade patronal é desdobrada entre uma empresa de trabalho temporário – A TUTELA – que contrata, remunera e exerce o poder disciplinar sobre o trabalhador, e um Cliente Utilizador – empresa que dá e recebe o trabalho – de um trabalhador que não pertence aos seus quadros, sobre quem exerce, poderes de direcção e fiscalização desse trabalho. O Trabalho Temporário é regulamentado em Portugal desde 1989, através do Decreto Lei 358/89, sendo uma forma de contratação absolutamente legal. Veja que existem apenas cerca de duzentas empresas de TT e que a fiscalização que a Inspecção de Trabalho efectua sobre elas é muito rigorosa e frequente.



  • Pode-se inscrever em qualquer empresa de Trabalho Temporário?

Deverá verificar se a empresa possui autorização administrativa, isto é, um Alvará. Em seguida seja criterioso como quem se candidata a um outro qualquer emprego: se fôr mal recebido quando se apresenta para uma entrevista, se lhe for recusada explicação sobre uma matéria salarial, se não lhe propuserem a assinatura de um contrato, então desconfie: o trabalhador temporário tem os mesmos direitos que outro qualquer trabalhador da empresa onde prestará serviço e, como lhe disse anteriormente, as empresas de trabalho temporário são muito fiscalizadas; deverão ser muito organizadas e metódicas na sua admissão e gestão administrativa. Está em vigor a lei nº 146/99, de 1 de Setembro que actualizou o Decreto-Lei 358/89. Veja ainda outra legislação porque quando qualquer assunto está omisso na lei do trabalho temporário deveremos recorrer a outros Diplomas (Ex: protecção de Maternidade, Trabalhador Estudante, Férias, Termo dos Contratos, etc).


  • Quanto tempo pode durar o trabalho temporário que se propõe e em relação aos seus direitos, salários e deveres?

A duração poderá ser de alguns dias até 12 meses: nalguns casos particulares e devidamente autorizados pela Inspecção de Trabalho poderá chegar aos 24 meses. Verifique sempre esta informação no seu contrato ou com a nossa Direcção de Recursos Humanos. Quem paga o salário é a TUTELA; somos nós a sua entidade patronal.
Receberá os subsídios de Natal e Férias e terá direito a gozo efectivo de férias. A TUTELA tem a obrigação de o substituir por outro colega temporário quando se ausentar. – Verifiquem as regras para a marcação de férias já que elas existem em todas as empresas. Terá ainda direito a um subsídio por caducidade do seu contrato de trabalho, isto é, quando a TUTELA tiver que terminar o seu contrato porque terminou a razão temporária que nos levou a admiti-lo, receberá ainda uma compensação por isso. Não se esqueça do que lhe disse anteriormente: os trabalhadores temporários têm direitos iguais aos dos trabalhadores do Cliente Utilizador para o qual trabalhará. As regras para atribuição do subsídio de alimentação ou outros (abonos para falhas, assiduidade, subsídio por turnos, subsídio de trabalho nocturno, subsídio de transporte, etc) serão para si as mesmas que regem os direitos dos trabalhadores do Cliente.

Como bom profissional que certamente se é sabe-se que a assiduidade e pontualidade, o desempenho cabal e profissional das suas funções, o respeito pelos colegas e chefias são factores fundamentais em qualquer emprego. Na TUTELA damos a oportunidade a todos os nossos Clientes para se manifestarem sobre a qualidade do trabalho dos nossos colaboradores; eles não se esquecerão de si se o seu desempenho for elevado.


  • E pode-se receber por "recibo verde"?

Não, porque o trabalho é um trabalho dependente. Se lhe pagássemos por recibo verde estaríamos a defraudar o Estado, não entregando verbas que são muito importantes para a Segurança Social e estaríamos a enganá-lo a si já que perderia direitos significativos, não teria seguro de acidentes de trabalho, etc, etc. Essa prática é ilegal no nosso País. Enquanto estiver a trabalhar connosco não receberá o subsídio de desemprego; contudo, voltará a recebê-lo quando ficar novamente desempregado. Fale com o seu centro de emprego ou com a nossa Direcção de Recursos Humanos. Em certas situações poderá ser indispensável, mas é sempre do seu interesse fazê-la.


  • Como se recebe o salário?
No final de cada mês será enviado para a TUTELA o registo das suas horas de trabalho. Após a contabilização efectuada pelos nossos serviços é realizada uma transferência bancária e receberá de uma forma cómoda o seu vencimento. Todos nós recebemos desta forma; não seria diferente com os nossos colegas temporários.




União Sindical De Torres Vedras

A União sindical de Torres Vedras tal como todas as outras instituições ligadas ao Movimento Sindical tem como principal função a defesa dos direitos dos trabalhadores, esclarecendo-os sobre esses mesmos direitos, interesses e deveres e mobilizando-os para a luta, na defesa dos seus interesses.

O Movimento Sindical em geral e a CGTP-IN são única e exclusivamente financiados pela quotização dos trabalhadores associados nos respectivos sindicatos que os abrangem.

Quem recorre a estas instituições são exclusivamente só e apenas trabalhadores assalariados, que pretendem ser esclarecidos sobre as normas, e as relações de trabalho entre o trabalhador e a entidade patronal.


  • Opinião do sindicato sobre o problema do desemprego

Na opinião do sindicato, o desemprego em Portugal e também na Região Oeste é uma questão muito complicada e de difícil resolução, chegando ao ponto de ser já uma questão de flagelo social, reflexo dos problemas estruturais e conjunturais da actual sociedade, fruto da aplicação de um modelo de desenvolvimento errado, que assenta em baixos salários, baixas qualificações e forte exploração de mão-de-obra, para além, disso o desemprego é usado pelo patronato para diminuir o valor da força do trabalho e forçar a competição entre os trabalhadores, retirando-lhes parte da força reivindicativa. O desemprego como factor de exclusão tem pesados custos humanos, sociais e económicos, agravando as condições de subsistência das pessoas, causando problemas de saúde e psicológicos graves, deterioração no relacionamento familiar e social, favorece a marginalidade, empregos alternativos ou sazonais. Agrava, também a situação da Segurança Social que passam a ter menos receitas e mais despesas, sendo de destacar o escândalo de muitos despedimentos serem efectuados sob a capa de falso “mútuo acordo”, indo depois os trabalhadores para o desemprego e encontrarem uma série de medidas restritivas no acesso ao subsídio de desemprego.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Emprego/Desemprego

  • Noção de desemprego

O desemprego consiste na quantidade de pessoas profissionalmente inactivas em determinada área que, estando disponíveis para trabalhar, não se encontram empregados.



  • Tipos de desemprego

Existem quatro tipos de desemprego, são eles o desemprego estrutural ou tecnológico, o desemprego pontual, o desemprego repetitivo ou sazonal e o desemprego de longa duração. O desemprego estrutural ou tecnológico é causado pela inovação tecnológica, porque a introdução de novas tecnologias, de novos equipamentos e de novos processos produtivos originam menos postos de trabalho; o desemprego pontual consiste na existência de indivíduos temporariamente desempregados, ou que estão a mudar de emprego frequentemente; o desemprego repetitivo ou sazonal que é um desemprego que depende das épocas do ano, que resulta de variações sazonais na procura ou na produção de determinados bens ou serviços e o desemprego de longa duração que resulta da estagnação da actividade económica e do consequente encerramento de empresas (pessoas em situação de desemprego à mais de 12 meses).



  • Evolução do desemprego
A nível nacional


A análise dos quadros abaixo permitiu-nos concluir que houve uma subida acentuada do desemprego no 1º trimestre de 2002 ao 1º trimestre de 2003;do 1º trimestre de 2003 até ao 4º trimestre de 2005 assistiu-se ao aumento da taxa de desemprego como consequência de encerramento de empresas, tendo pelo meio ligeiras oscilações, mas a partir do 4º trimestre de 2005, a tendência foi para uma diminuição da taxa de desemprego.
A taxa de desemprego tem sofrido oscilações constantes, sempre com tendência a aumentar, desde de 2002 até ao final do ano de 2005.



Taxa de desemprego em Portugal


2004

2005

2006

Tx. desemprego

3.º T

4.º T

1.º T

2.º T

3.º T

4.º T

1.º T

2.º T

3.º T

6,8

7,1

7,5

7,2

7,7

8,0

7,7

7,3

7,4

Fonte: INE






As conclusões que se podem obter após a análise deste quadro é que o emprego teve sempre a subir até ao ano de 2006, mas neste ano começou a verificar-se uma tendência de diminuição do desemprego.
Ao longo dos anos tem-se assistido a oscilações nos valores da taxa de desemprego, pois tão depressa ela tem ligeiras subidas como ligeiras descidas.
Apesar de as taxas de desemprego ainda serem elevadas, tem-se assistido a uma diminuição do mesmo, o que pode contribuir para um melhoramento da situação económica do país e das condições de vida das populações.


Taxa de desemprego por regiões (%)


2º T 2005

3º T 2005

4º T 2005

1º T 2006

Norte

8.7

8.8

9.0

8.9

Centro

4.5

5.4

6.0

5.5

Lisboa

8.0

9.0

9.0

8.5

Alentejo

8.5

9.4

9.4

9.8

Algarve

6.3

5.3

5.9

5.9

Açores

4.3

4.2

4.4

4.2

Madeira

3.9

4.4

5.1

4.6

Fonte: INE

A taxa de desemprego tem registado um aumento em praticamente todas as regiões de Portugal continental e regiões autónomas.
A taxa de desemprego é mais elevada no norte, devido ao encerramento de empresas, nomeadamente do sector têxtil e confecção, e mais baixa no Algarve, pois neste região predomina o sector terciário, que tem como principal fonte de rendimento o turismo.
Do 2º trimestre de 2005 ao 4º trimestre de 2006 houve um aumento da taxa de desemprego no Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Madeira, nas restantes regiões registou-se ligeiras oscilações.



Evolução do desemprego registado por região


2003

2004

2005

Norte

42,4%

44,8%

46,1%

Centro

14,0%

14,0%

13,8%

Lisboa

34,7%

32,8%

31,6%

Alentejo

5,4%

4,9%

5,0%

Algarve

3,5%

3,5%

3,4%




Fonte: IEFP


Ao analisarmos este gráfico podemos verificar que só na região Norte é que o desemprego continuou a aumentar, pois nas restantes regiões assistiu-se a uma diminuição do mesmo, tendo sido na região de Lisboa que se tenha assistido à descida mais significativa.
A região do Norte tem sido ao longo dos anos a mais afectada pelo desemprego devido ao sector predominante nesta zona, o que distingue esta zona das outras.




  • Faixas etárias e sexo mais prejudicados

Após a análise dos gráficos e quadros acima podemos concluir, que o sexo mais prejudicado pelo desemprego é as mulheres.
A taxa de desemprego das mulheres, do 3º trimestre de 2004 ao 1º trimestre de 2006 registou um aumento, contudo verificou-se uma ligeira descida, no 2º trimestre de 2005 e a partir de 2º trimestre de 2006.
A elevada taxa de desemprego nas mulheres poderá dever-se à discriminação da mulher no mercado de trabalho, pois muitas mulheres não são empregadas devido a factores como: a maternidade,
A taxa de desemprego é mais elevada nos jovens até aos 24 anos nas mulheres; e nos adultos é mais elevada nos homens.



  • Sectores mais prejudicados


População desempregada nos diversos sectores


Valor trimestral

3º T – 2005

2º T – 2006

3º T – 2006

Milhares de indivíduos

Sector I

10,7

10,8

9,9

Sector II

160,2

160,5

155,2

Sector III

192,2

183,7

186,2

Fonte: INE

Após a análise dos gráficos e dos quadros concluímos que os sectores mais prejudicados são o sector secundário e o terciário.
O desemprego no sector secundário tem vindo a diminuir, enquanto que no sector terciário tem sofrido oscilações, no sector primário tem vindo a diminuir.
O sector secundário regista uma elevada taxa de desemprego, pois este predomina no Norte do pais e nesta mesma região, assistiu-se a um elevado numero de encerramento de empresas têxteis e de confecção, do 3º trimestre de 2005 ao 3º trimestre de 2006.
O sector terciário é o que tem maior número de pessoas desempregadas, porque também é o que emprega mais pessoas, enquanto que o sector primário é o que emprega menos pessoas, devido a terciarização, o que contribui para uma menor taxa de desemprego neste sector.

  • Causas do desemprego


Os valores do desemprego têm registado um aumento devido a causas como: a recessão económica (1); à falta de produtividade; à falência de empresas, ou seja, empresas que encerram por problemas financeiros ou outro tipo de problemas e que levam para o desemprego muitas pessoas; à deslocalização de empresas, onde as vantagens comparativas são maiores; a inovação tecnológica (2); à globalização; à falta de qualificação profissional; à idade e ao estado de saúde. Estas são as causas mais frequentes e que mais têm contribuído para os elevados números de desemprego.



(1): porque num período de recessão económica o investimento das empresas vai-se reduzindo e, consequentemente, assiste-se a dispensas temporárias de trabalhadores e de níveis elevados de desemprego.
(2): quando a mão-de-obra é substituída pelas novas tecnologias para que haja um aumento da produtividade.



  • Consequências do desemprego

O desemprego tem consequências a dois níveis: ao nível dos trabalhadores e ao nível do Estado.
Ao nível dos trabalhadores, as consequências são a perda de auto-estima, a crise psicológica, o sentimento de culpa, de vergonha e impotência, a depressão, os distúrbios emocionais, a conflituosidade familiar, o aumento do consumo de álcool, tabaco e tranquilizantes, perturbações de sono, a exclusão social, a má situação económica, entre outros; o que provoca grandes distúrbios na vida das pessoas que passam por este problema.
Relativamente ao Estado, este depara-se com consequências tais como a diminuição do PIB per capita, a diminuição de contribuições e descontos, entre outras; o que origina crises financeiras, entre outros problemas que se reflectem nas condições do país.





  • Problemas do desemprego
Os problemas do desemprego são cada vez mais, porque o número de desempregados aumenta cada vez mais.
Existem problemas para o Estado e para os trabalhadores. Para o Estado os impostos não são recebidos, pois quem está desempregado tem dificuldade em pagar os impostos, o que provoca uma diminuição das receitas para o Estado; o aumento das despesas com o pagamento de subsídios de desemprego, porque quem está desempregado tem que ter meios para sobreviver. Para os trabalhadores os salários não são recebidos, ou seja, ausência de rendimentos o que origina algumas dificuldades, e exploração de mão-de-obra, como horários alargados, omissão de direitos humanos, ausência de alguns direitos, porque a necessidade de ter emprego faz com que aceitem o primeiro emprego que lhes ofereçam; os problemas dos desempregados também se reflectem nas pessoas mais próximas dos mesmos.




  • Soluções de desemprego
Para combater os problemas do desemprego, existem algumas soluções, tais como, os programas de formação profissional – cursos que são financiados pelos centros de emprego de forma a aumentar as qualificações dos trabalhadores, para que estes tenham mais e melhores oportunidades de emprego; a redução dos horários de trabalho; o apoio ao investimento por parte do Estado através de benefícios fiscais, entre outras propostas com a finalidade de criar novos postos de trabalho e desta forma contribuir para a diminuição do desemprego; e os subsídios de desemprego para ajudar as famílias que se encontram nessas situações a conseguirem manter um mínimo nível de vida.

Globalizaçao



  • Noção de globalização

A globalização é um processo económico e social que estabelece uma interligação entre os países e as pessoas de todo o mundo. Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam ideias, realizam transacções financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta. A globalização é também um processo dos países do mundo resultante dos custos de transporte e de comunicação que se manifesta nas mais diversas áreas.


  • Impactos da globalização no mercado de trabalho

Os impactos mais significativos da globalização no mercado de trabalho são redução do emprego devido ao crescimento de produtividade dos factores, e o dumping social.



  • Multinacionais

As multinacionais são empresas ou grupos de empresas privadas, juridicamente ligadas umas às outras, exercendo as suas actividades e gerindo os seus bens em Estados diferentes, mas segundo uma estratégia global.

Estas empresas têm origem em países industrializados, instalando-se em países que apresentam mão-de-obra barata, matéria-prima abundante e incentivos fiscais, sendo 90% da I&D mundial, realizada em países da OCDE.

As multinacionais têm um papel central na capacidade de inovação tecnológica, no estímulo ao empreendedorismo e na construção de vantagens competitivas.


Investimento

  • Noção e tipos de investimento

    O investimento é a aplicação de poupanças em bens de produção e representa a renúncia ao consumo no presente (poupança) com o objectivo de manter ou aumentar a produção no futuro.
    Existem vários tipos de investimento, tais como: o investimento material que consiste na aquisição de bens de produção de forma a manter ou aumentar a capacidade produtiva; investimento imaterial que se baseia nas despesas que não se concretizam em objectivos, mas que são muito importantes para aumentar a produtividade e a imagem da empresa e garantir assim a capacidade de competir com empresas concorrentes; e o investimento financeiro que se resume na aquisição de capital de outras empresas, ou de acções e obrigações.



  • Importância e vantagens do investimento

O investimento tem como importância a promoção e desenvolvimento de áreas de escritórios, complexos, hotéis, lazer e habitações que se traduz num aumento de postos de trabalho no local e na terciarização da economia. E como as necessidades se renovem, o consumo é contínuo e isso exige a reposição cíclica dos processos produtivos. Com o aumento do investimento aumenta consecutivamente o capital técnico do país que proporciona efeitos positivos como o aumento dos bens de produção, edifícios, equipamentos, matérias-primas e subsídios, entre outros aspectos, originando assim o aumento da capacidade produtiva, ou seja, um crescimento das economias a média e longo prazo.


  • Relação entre investimento e globalização

A globalização proporciona a progressiva intensificação das relações comerciais e o aparecimento de novas formas de organização de processo produtivo, através principalmente das empresas transnacionais, pois estas empresas investem cada vez mais a nível mundial, em países onde os custos de produção sejam menores e onde haja maiores vantagens comparativas, isto é possível porque as maiores economias do mundo são economias abertas.
O investimento é importante para a capacidade produtiva do país, pois contribui para o crescimento económico e este introduz melhorias a vários níveis, tais como: ao nível dos processos de fabrico e de gestão de recursos, contribuindo para melhorar os níveis de produtividade; ao nível da produção dos bens, com o aparecimento de novos bens; ao nível do trabalho, com a maior qualificação em resultado da formação fornecida pela empresa, contribuindo para o aumento da produtividade do trabalho; ao nível das exportações, com o aumento da participação no comércio externo.
O investimento directo estrangeiro tem aumentado significativamente nos últimos tempos e é realizado tanto em países desenvolvidos e mais ricos como em países em desenvolvimento e mais pobres, mas o capital acaba por se concentrar nos espaços que aparentemente menos têm necessidade do mesmo.


  • Deslocalização de empresas

  1. Noção de deslocalização de empresas

A deslocalização de empresas consiste no encerramento de filiais num país para se deslocarem para outros países na procura de aumentar a produção onde os seus custos são menores.


2. Causas da deslocalização


A deslocalização tem diversas causas, tais como: a localização geográfica, pois permite uma Maior mobilidade de factores produtivos; as vias de comunicação; a qualidade das telecomunicações; a qualidade de vida para os trabalhadores; a mão-de-obra abundante e barata, o que provoca atracção de investimento, pois os custos de produção serão mais baixos; a abundância de recursos naturais e os benefícios fiscais por parte do Estado, o que faz com que seja atractivo investir-se nos países onde esses factores são assegurados.


3. Vantagens da deslocalização

A deslocalização de empresas contém também vantagens sendo elas a inserção dos países de destino dessas empresas deslocalizadas nas regiões mais desenvolvidas do mundo; a localização dos países próximos à costa marítima, porque é onde se cruzam muitas rotas de mobilidade de pessoas e bens; as condições naturais de clima, paisagem e património cultural; a capacidade de adaptação de povos e diferentes culturas e a inserção dos países numa comunidade de línguas com expressão muito significativa a nível mundial, entre outros.


4. Problemas da deslocalização

Alguns problemas/ desvantagens da deslocalização de empresas são: localização geográfica face aos principais mercados, alguns problemas não resolvidos, tais como, legislação laboral, sistema fiscal, entre outros, a escassez de recursos naturais, porque a pressão da produção sobre os recursos naturais faz com que estes fiquem escassos, a baixa qualificação média de recursos humanos, pois como têm pouca qualificação, o seu custo é menor, ou seja, mão-de-obra barata e abundante e o baixo nível médio de desenvolvimento tecnológico do nosso tecido produtivo.

5. Relação entre multinacionais e emprego

As multinacionais pensam em transferir a curto prazo os seus serviços e produção para países que têm maiores vantagens comparativas.
A instalação de multinacionais num país faz com que haja abertura de novos postos de trabalho, aumentando assim o emprego.
Como os custos de produção são baixos, isso leva muitas vezes a novos investimentos nesse país, o que origina novamente mais emprego.
Com isto, a globalização provoca diversos impactos nos países de destino como também nos países de origem.
Nos países de destino os impactos visíveis são o aumento de investimento, gerando assim emprego; esse país fica com uma maior importância no comércio internacional; as tecnologias aumentam e os lucros também; aumenta o nível de vida da população e o papel do Estado altera-se. Já nos países de origem, os impactos sentidos são uma diminuição do crescimento económico, gerando desemprego; e uma forte pressão sobre a qualidade de vida da população.
No mercado de trabalho também se fazem sentir os impactos da globalização, impactos esses que são a redução de emprego devido ao crescimento de produtividade de factores e devido também ao dumping social.




Educação, formação e emprego

  • Relação entre educação e futura vida profissional

A educação tem que se adaptar às necessidades das sociedades que serve. O grande desafio actual é o de se adaptar às grandes mutações sociais, culturais, e económicas criadas pela eclosão das novas tecnologias.
Para fazer face à eclosão das novas tecnologias, os trabalhadores devem adquirir diferentes formações e proceder à sua actualização contínua, de forma a tornarem-se mais polivalentes e poderem enfrentar mais facilmente os desafios do mercado de trabalho; até porque as empresas contratam preferencialmente trabalhadores com várias e melhores qualificações, ou seja, consoante maior for a escolaridade dos indivíduos maior capacidade têm de obter um melhor cargo profissional.
As empresas por si, devem proporcionar formação aos seus trabalhadores de forma a aumentar a sua qualificação profissional e assim obter melhores resultados na produção.


  • Empregos mais procurados
Norte

Profissões dos Desempregados Inscritos

%

Ofertas de Emprego

%

Escriturário

7,7

Costureira

10,0

Auxiliar de Limpeza

6,8

Trab. N. Quali. Industria Transformadora

5,8

Caixeiro

6,7

Escriturário

5,4

Costureira

3,8

Caixeiro

5,1

Trab. N. Quali. Industria Transformadora

3,4

Empregado de Mesa

4,0

Total

28,4

Total

30,





Fonte: INE

Fonte: INE

Através da análise do quadro acima podemos concluir que a profissão mais procurada pelos desempregados inscritos nos centros de emprego do Norte, é a de escriturário, sendo o que tem mais oferta de emprego o de costureira.
Contudo, a profissão menos procurada é a dos trabalhadores não qualificados da indústria transformadora (3,4%) embora seja a segunda com maior número de ofertas de emprego nesta zona.
A procura para a profissão de escriturário é superior à sua oferta enquanto que a de costureira é uma das profissões menos procuradas, mas a que tem maior ofertas.
Os empregos com maior oferta estão ligados à indústria tradicional, pois nesta zona do País estão situadas em grande parte das indústrias têxteis e de confecção.




Centro

Profissões dos Desempregados Inscritos

%

Ofertas de Emprego

%

Escriturário

8,2

Caixeiro

6,9

Caixeiro

7,0

Trab. N. Quali. Industria Transformadora

5,9

Trab. N. Quali. Industria Transformadora

4,9

Escriturário

5,7

Auxiliar de Limpeza

4,5

Empregado de Balcão

5,1

Empregado de Balcão

3,5

Serviços de Protecção e Segurança

4,4

Total

28,1

Total

28,0



Fonte: INE

Podemos concluir que a profissão de escriturário é o emprego mais procurado pelos desempregados inscritos nos centros de emprego desta região, sendo a sua oferta um pouco inferior à procura.
O caixeiro é o segundo emprego mais procurado, sendo o que tem maior número de ofertas, contudo este emprego tem maior procura de oferta.
O emprego que tem menos procura é o de empregado de balcão, sendo um dos que também tem menor oferta.
A profissão com menos oferta é a dos serviços de protecção e Segurança, que nem está a ser procurada pelos desempregados inscritos nos centros de emprego da região centro.
A maioria dos empregos com oferta desta região é empregos que pertencem ao sector terciário onde predominam a actividade do comércio e dos serviços.




Alentejo

Profissões dos Desempregados Inscritos

%

Ofertas de Emprego

%

Trabalhador Agrícola

18,2

Trabalhador Agrícola

15,1

Auxiliar de Limpeza

9,5

Empregado de Balcão

6,3

Escriturário

7,7

Caixeiro

5,7

Caixeiro

5,2

Ajudante de Cozinha

5,6

Servente de Construção Civil

3,5

Empregado de Mesa

4,4

Total

44,1

Total

37,1


Através da análise do quadro acima podemos concluir que o emprego mais procurado pelos desempregados inscritos nos centros de emprego do Alentejo é o de trabalhador agrícola, que é também o emprego com maior número de ofertas, contudo a procura é superior à oferta.
A profissão de servente de construção civil é a menos procurada enquanto que a de empregado de mesa é a menos oferecida.
Das restantes profissões procuradas pelos desempregados inscritos, somente a de caixeiro coincide com as ofertas de emprego.
O emprego com maior oferta e também com maior procura é o de trabalhador agrícola, devendo-se ao facto de o Alentejo será região essencialmente agrícola.
As outras ofertas de emprego pertencem ao sector terciário, porque o comércio e os serviços têm algum peso nesta zona, em especial nos centros urbanos, enquanto que o desenvolvimento do sector industrial é bastante escasso.


Sul

Profissões dos Desempregados Inscritos

%

Ofertas de Emprego

%

Escriturário

8,5

Empregado de Mesa

10,8

Auxiliar de Limpeza

8,1

Auxiliar de Limpeza

7,5

Caixeiro

7,6

Ajudante de Cozinha

7,2

Operador de Supermercado

4,1

Caixeiro

5,9

Empregado de Mesa

3,8

Empregados de Quartos

5,9

Total

32,1

Total

37,3


O mais procurado pelos desempregados inscritos nos centros de emprego do Sul procuram mais o emprego de escriturário e o emprego com maior número de ofertas é o empregado de mesa, em contrapartida este é o que apresenta menor procura.
O emprego com menor número de ofertas é o de empregado de quartos e caixeiro.
Das restantes profissões procuradas pelos desempregados inscritos têm em comum com as ofertas o Auxiliar de limpeza e o caixeiro.
As ofertas de emprego desta região pertencem ao sector terciário, porque esta região é uma região de forte turismo, devido a elementos geofísicos (praias, climas, etc.), assim como paisagens e elementos culturais de grande atracção, o que atrai milhares de turistas, nomeadamente no verão.